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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Como me tornei agnóstico

Minha história começa assim:

Quando eu era criança eu tinha uma base católica, minha mãe e meu pai sempre mim levava para a missa, me colocou para fazer eucaristia etc., só que de uns 6 anos pra cá, eu comecei primeiramente de tudo a questionar vida em outro planeta, comecei a fazer pesquisas, ouvir relatos de pessoas que afirmam que já viu um OVNI etc. Foi quando eu parei para pensar se os extraterrestres existem mesmo será que foi deus que os criou ai foi a primeira dúvida. Depois disso nas aulas de ensino religioso a minha professora falou o seguinte:

- Gente para vocês saberem que deus existe é só parar de respirar por algum tempo, ai vocês vão sentir falta de ar, ai você vai que deus existe pois ele é o ar que respiramos (UM ABSURDO MAIS ACONTECEU ISSO MESMO).

Depois disso que ela falou ai que comecei questionar a fundo mesmo sobre deus etc. foi uns 4 anos que me dediquei a estudar ocultismo, ciências da religião e etc. e formei a minha ideologia que consiste que a razão é limitada, e que ela não pode penetrar no reino do sobrenatural, e que o assunto deus nunca será explicado e nem resolvido, e se por acaso me provarem que ele existe algum dia que é impossível eu não terei FÉ pelo mesmo.

Hoje em dia sofro muito em casa, meus pais ficam me xingando de demônio, satanás etc., por eu ser agnóstico e gostar de metal, mas eu nem dou importância, pois sei que esses mesmos cristãos que me criticam são na verdade uns pseudo-cristão que não obedece nem as suas próprias crenças e regras. Essa é a minha história.


Depoimento de: Marcos Vinicius, 18 anos, morador da Cidade de Montes Claros/MG, membro da comunidade Ateus e Agnósticos Unidos

3 comentários:

  1. Com meus pais foi difícil no início também, mas com bastante argumentação e com a evidência de que tenho e sigo meus princípios independente da religião, ficou mais fácil lidar. Mas às vezes precisei questionar o que eles falavam também (com educação, claro!)

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  2. Gosto de dessa frase: "Para o homem bom se tornar mal é preciso a religião". Diferente de vcs eu não tive muitos problemas com minha família para deixar de ser cristão pq minhã família nunca deu importância pra isso. Graças a Deus...kkkkk. Falando sério. Acho q para existir paz é necessário vir o respeito. Porém para os cristão isso é quase impossível pois são guiados pelo mandamento de que todo pecador se arrependa e se volte para Deus. Aquele q não se arrependeu não pode ir para céu não tendo fé e Deus...essa história vcs já conhecem. É complicado mesmo. Sou agnóstico hj mas estou me esforçando para não entrar em conflito com os cristãos como fazem os ateus. Mas confesso q é bem difícil ainda mais quando já se foi um deles. Eles querem vc de volta e isso enche o saco de verdade. Para mim a chave de toda religião é uma palavra só: MEDO. Pensem nisso. Abraços!

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  3. Medo é realmente uma palavra de peso pra pensar a religião. Vou sugerir outra: sociabilidade. Durkheim mostra, em As Formas Elementares da Vida Religiosa, como as pessoas se apegam à religião porque, para elas, a igreja é o centro da sua sociabilidade, é o que a faz sentir-se parte de um grupo. As regras religiosas fazem com que ela se sinta parte de algo maior; compartilhar essas regras com outras pessoas, celebrar com elas e julgá-las também dá uma sensação de pertencimento. Eu acho que essa é uma das principais dificuldades em conversar com muitos religiosos: o apego emocional que eles têm à religião pela sensação de pertencimento que ela proporciona. Aí vem o medo também: medo de, ao duvidar, enfraquecer a própria fé e ser excluída desse grupo. Medo de, ao pensar diferente, ser privada de um destino a que todos do grupo terão acesso. Sim, sociabilidade, mas principalmente medo.

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