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sexta-feira, 22 de abril de 2011

INFÂNCIA MARGINALIZADA NUMA PERSPECTIVA EDUCACIONAL



Tendo como primazia a infância e a juventude, e sendo este fator estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente, esta deverá ser vista reconhecidamente e disseminada como um elemento essencial para o desenvolvimento do ser humano, procurando compreender que para se ter adultos inseridos num contexto social, deve-se atentar para essas crianças que estão nas ruas, sendo usadas para a marginalidade como o tráfico de drogas, prostituição, entre outros, inserindo-as numa perspectiva educacional, com a obtenção da retirada dessas crianças neste meio tão devastador.

O tema criança marginalizada, embora ser de conhecimento de todos, ainda há o processo histórico de identificação das demandas sociais, e em vista disso, não raramente, tem levado a opinião pública a proceder a equivocada transferência do problema ao público-alvo das ações, rotulando e estigmatizando os segmentos atendidos, dando expressão a noções que integram as clássicas matrizes do controle e acomodação social.

Deste modo, o papel das políticas públicas, seja na formulação dos problemas, seja na implementação de ações, deverá ser bastante significativo.
A criança brasileira tem direitos constitucionalmente assegurados, mas, na prática, ainda falta muito para que a cidadania infanto-juvenil seja respeitada. Criança é credora de proteção integral em razão de sua condição de pessoa em desenvolvimento e necessitar de prioridade, de proteção e socorro, no atendimento dos serviços públicos ou de relevância pública, na preferência na formulação e execução das políticas sociais públicas e destinação privilegiada de recursos públicos.

O perfil social da população infanto-juvenil que vive nas ruas, aponta na direção de miséria e desemprego, além do comprometimento com drogas e exploração de toda a natureza. Crianças são alugadas por adultos para serem usadas para mendigar, adolescentes são usados por traficantes para vender drogas, crianças são usadas por receptadores para furtar toca-fitas e carteiras de passantes, adolescentes são exploradas por rufiões para vender seu corpo na prostituição infanto-juvenil, crianças são negligenciadas por seus pais que permitem que passem fome e necessidades, e negam o acesso à instrução primária, expondo os filhos a perigo direto e iminente.

Todas as situações legais descritas posicionam crianças e adolescentes como vítimas da ação violenta, cruel e covarde de adultos, entretanto, a opinião pública é levada a olhar para essas vítimas como agentes de violência. Alguns querem vê-las presas e há quem proponha que sejam segregadas antes mesmo da previsão legal de responsabilidade sócio-educativa a partir do 12 anos, e apregoam a construção para conter esses “perigosos” agentes que ousam reagir a tanta violência e opressão.

Por outro lado, há quem se preocupe em promover outro tipo de resolução para esses problemas sociais, como por exemplo, a inserção dessas crianças na educação. É sabido, não ser fácil tirar essas crianças e adolescentes da marginalidade, pois, muitas delas entram neste meio, por diversos motivos, o principal é a pobreza.

Elas vêem o tráfico de drogas como um agente facilitador de obter dinheiro, e muitas vezes são forçados pelos pais a entrarem neste ambiente para ajudar nas despesas da casa, sendo em alguns casos a única alternativa que a maioria dos jovens encontram para sobreviverem.

Efetivamente, o envolvimento de crianças no tráfico de drogas é apenas o sintoma de um problema muito maior, de exclusão social. Contudo, se esse problema não for tratado de forma articulada, é praticamente impossível mudar a situação. Hoje em dia, o que a sociedade está negando a esses jovens infelizmente é oferecido pelo tráfico de drogas.

Neste contexto, a questão da infância e da adolescência desamparadas, acrescentam-se o ingresso precoce no mundo do trabalho, e com a conseqüência do aumento da pobreza entre as famílias residentes nos centros urbanos, acabou por contribuir para que esse fenômeno aumentasse.

Identifica-se ainda uma série fatores, que levam as crianças e aos adolescentes a entrarem neste mundo da marginalidade. A questão da pobreza, obviamente, e a exclusão social desses jovens, a quem falta perspectiva de futuro.

Essa é a realidade no país atual. O problema é que está cada vez mais difícil adentrar neste mundo tão particular, para ter acesso a esses jovens e procurar inseri-los numa educação adequada, procurando dar-lhes um pouco de perspectiva e dignidade e, colocá-los num contexto social.

Doravante as crianças e adolescentes encontradas nas ruas devem ser encaminhadas aos Conselhos Tutelares para que recebam as medidas de proteção previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Adultos, se familiares, devem receber igual socorro social, se não forem familiares terão que responder perante a autoridade policial por essa guarda ilegal.

Constata-se desta forma um quadro dramático, onde é preciso providências urgentes da família, do poder público e da sociedade no sentido de assumir as responsabilidades e sair em defesa do futuro dessas crianças, tal qual o ar que se respira e a água que se bebe, se não cuidar das crianças do país, protegendo-as de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão dificilmente essas mesmas crianças que vivem na marginalidade conseguirão sobreviver por um longo tempo.

Entretanto, espera-se que o Juizado da Infância e da Juventude se posicione e também possa contar com a sensibilidade de toda a população pretendendo cumprir o seu papel de zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e adolescentes.

No entanto, os investimentos de educação básica, indiscutivelmente de grande importância, não têm se mostrado suficientes diante da atual situação agravante no que tange a infância marginalizada do país.

Em face de esta situação, é necessário destacar no que diz respeito ao fato de que ainda é um objetivo proclamado a defesa do direito de todas as crianças à educação infantil, sendo notório infelizmente que são poucas as crianças que tem esse acesso à educação e a uma qualidade de vida mais digna.

Necessário também, é a disponibilidade de alguns educadores de irem até essas crianças, com o intuito de resgatá-las do meio da marginalidade, e inserindo-as numa perspectiva de educação mais abrangente, promovendo uma interação do adulto com a criança, e dando-lhe oportunidades a viverem numa sociedade mais justa e qualitativa.

Ora, o homem não é um ser passivo. Por isso, perante uma determinada situação, cada um reage de acordo com sua escala de valores e os valores intelectuais deveriam ser maiores do que os econômicos, ou seja, onde for, será necessário dar ênfase aos valores intelectuais, a importância da pessoa humana e o direito de todos participarem igualmente dos progressos da humanidade.

Assim, o papel do educador, bem como, da sociedade em geral, deverá abranger toda uma realidade em que vive as crianças e os adolescentes. Além disso, cabe a estes, além de motivar, de encontrar métodos e técnicas de ensino que despertem a curiosidade dos mesmos, ter incumbência de propiciar meios e formas de possibilitar o acesso à educação, dessas crianças que vivem na rua sendo marginalizadas e tendo acesso a drogas e a armas, e, sobretudo, que a sociedade tenham responsabilidade de reverter essa situação.

Assim, a infância marginalizada é efeito de diversos problemas existente na sociedade atual. Se não tratar desses problemas, tais como, exclusão social, perspectivas para jovens, marginalização de várias áreas na cidade, geograficamente, economicamente e socialmente, pobreza e exclusão, a situação tende a agravar-se cada vez mais.

Sabe-se, contudo, que é por meio da educação que a criança e ao adolescente se interage com o mundo, cria expectativas, desenvolve-se qualitativamente, e especialmente, adquire condições de se preparar para uma vida profissional, melhorando sua qualidade de vida.

Um dos desafios da sociedade para a prática cotidiana desse resgate, é assumir as especificidades do problema maior que é a pobreza no país, devendo rever as concepções existentes no trato com essa infância marginalizada existente, e adquirindo a consciência da necessidade de promover a integração dessas crianças e adolescentes com a sociedade, inserindo-as num contexto social.

Em verdade, esse resgate é um processo em construção, mas esse processo não deverá somente atingir à infância marginalizada, mas também a visão da sociedade deve ser mudada, quando muitos conceituam ainda que essas crianças que vivem nas ruas, somente como marginais e não vêem possibilidades de inseri-las em uma educação.

Nessa perspectiva, nota-se o descontentamento ante a política educacional a ante como a maneira como vem sendo implantada à reforma educacional no país, tanto nos aspectos gerais como nos especificamente relacionados com a educação infantil.

Portanto, a esperança que se tem é que os educadores comprometidos com a defesa da educação e dos direitos das crianças à educação infantil, continuem a organizar e proporcionar espaços e situações de aprendizagem que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas de cada criança e adolescente, aos seus conhecimentos preliminar e aos conteúdos referentes aos diferentes campos do conhecimento humano.

Galeria Ateia




























quarta-feira, 13 de abril de 2011

Uma homenagem a todos da Comunidade Ateus e Agnósticos Unidos

Bernardo Lopes, mais conhecido como Be, moderador da comunidade Ateus e Agnósticos Unidos, fez um vídeo prestigiando-nos com extremo bom senso, qualidade e bom gosto. Parabéns Be.

terça-feira, 12 de abril de 2011

POR ONDE ANDAM NOSSOS PAIS?



A pergunta parece meramente uma ausência de retórica baseada num subjetivismo incoerente. Mas não é. A pergunta se caracteriza justamente pelo sistema educacional caótico que nos encontramos atualmente.


Sabemos que por conta da tecnologia e da globalização, o mundo ficou mais rápido nas informações, praticamente tudo ficou acessível de forma instantânea e, muitas vezes sem precisão, sem retidão.


Não vamos, porém, colocar culpa da ausência dos pais na educação dos filhos somente na tecnologia, na era da informação. Acho que a culpa é dos próprios e, está na hora dos mesmos reconhecerem isso e tomarem providências, afinal, estamos a cada dia perdendo nossos filhos.


Evidentemente que, a perplexidade que exponho aqui não atinge uma totalidade, mas uma maioria consistente, onde se percebe a falta de incumbência em assumir a responsabilidade de educar seus filhos. Tornou-se mais fácil delegar essa tarefa para a escola, a internet, aos amigos e a própria vida.


Não é bem assim. Está na hora de puxarmos a “orelha” dos pais, colocá-los de castigo, chamá-los atenção, reclamar mesmo. Cadê vocês? Onde vocês estão que não têm mais tempo para seus filhos? Por que não brincam mais, não contam histórias, não conversam, não sentam para almoçar, ver TV, ouvir música, desenhar, sair juntos, estudarem juntos, saber como foi na escola, saber se estão apaixonados, quem são os amigos, ou construir alguma coisa?


Percebam que esse descaso exacerbado está transformando nossas crianças em adultos reprimidos, com baixa auto-estima, sem auto-confiança, agressivos, violentos, usuários de drogas e, sobretudo, em seres humanos que não respeitam o próximo, que não dão o devido valor a vida humana.


Pais acordem. É preciso que haja rapidamente uma mudança de comportamento visando recuperar nossos jovens. Não precisa de muito. Não é a quantidade e sim a qualidade. Um pequeno tempo dos seus dias, com gestos de carinho, atenção e, principalmente diálogos ajudarão muito a construir a personalidade de um adulto com princípios baseados em ética, moralidade, respeito e cidadania.


Toda essa minha constatação é proveniente de uma observação sistemática sobre a atualidade, e, especialmente por ver constantemente jovens da idade de meu filho (15 anos), gritando por socorro, pedindo atenção, pedindo auxílio, querendo limites, carinho e proteção. Função essa que, outrora sempre foi de competência dos pais.


Por que não estão mais cumprindo seus deveres?

BULLYING: UM PROBLEMA DE ORDEM SOCIAL




Atualmente, a sociedade têm tido um descaso imenso com um problema que vem crescendo e se agravando a cada dia que passa: o bullying.



Infelizmente, poucas pessoas têm dado a devida importância a essa problemática que está agredindo psicologicamente nossos jovens, além da possibilidade de criarmos verdadeiros monstros ou pessoas anti-sociais, reprimidas, sem autoconfiança, despreparadas, desequilibradas.



A princípio, pareceu ser apenas uma brincadeira de criança, uma “zoação”, brincadeiras inocentes. Mas, o fato é que a realidade tem nos mostrado que não é somente isso.



A formação de uma criança e de um adolescente não se dá somente no processo físico, com as mudanças corporais, a entrada na puberdade, o descobrimento da sexualidade e a autonomia de fazer coisas sozinhos. Vai muito, além disso.



Nesse período, ou seja, desde 5 anos de idade até pelo menos 18 anos, o ser humano está em plena formação, ou seja, total, englobando seus aspectos físicos, psicológicos, emocionais e racionais.



Pois bem, se o jovem atravessa essa fase sem apoio, compreensão, atenção, diálogo dos pais, esse processo se torna bem mais difícil. E para complicar, esse mesmo jovem se desloca para uma instituição educacional e ainda sofre todo tipo de humilhação, segregação, preconceito, discriminação, em outras palavras, ele se sente a pior das “criaturas”.



E pode-se classificar nessas humilhações todo tipo de comportamento, desde ele ser negro, gordo, magro, religioso, ateu, alguma deficiência física, um dedo diferente, um nariz um pouco maior e, assim por diante.



Com o passar do tempo, esse mesmo jovem, opta claramente por dois caminhos: ou ele se retrai cada vez mais, ou se torna agressivo. E ambos os caminhos são prejudiciais. Nessa situação tão pouco cuidada, pergunto: o que os pais andam fazendo? O que os educadores andam fazendo? A resposta é simples: nada.



O que vem ocorrendo, hoje em dia é que os pais estão sempre estressados, ocupados, sem tempo e, estão delegando sua tarefa de educar para a escola, a qual, por sua vez, não tem conseguido cumprir tal tarefa, já que, mal consegue cumprir uma grade curricular.



Os filhos de pais de uma classe média ou alta disponibilizam para seus filhos mordomia, luxo, bens materiais. É um método muito utilizado para manter suas crianças quietas. Os de classe baixa, não têm tempo mesmo de cuidar de suas crianças e acreditam que a própria vida ensina.



A escola se vê numa situação de total conflito, pois além de preparar os jovens para uma profissão, para uma vida acadêmica, ainda se encontra numa situação de ter que ensinar bons modos, ética, princípios, educação básica, respeito, cidadania, etc.



O que se tem produzido de tudo isso? Um caos total. Ninguém tem cumprido o seu papel e, a cada dia vemos mais jovens com problemas psicológicos, cometendo suicídios, adolescentes grávidas, retraídos, sem a devida confiança para enfrentar os problemas do dia-a-dia, agressivos, violentos, mal-educados, desrespeitando os mais velhos, outras crianças e assim por diante.



Diante de tais fatos assustadores, é premente que haja uma mudança drástica na educação de nossas crianças, pais, professores, enfim, a sociedade como um todo, necessita rever seus velhos hábitos, assim como estabelecer novas formas de conduta, especialmente na educação de nossos filhos.

Religião é muito... mas muuuuito caro

Contribuição do Moderador da Comunidade Ateus e Agnósticos Unidos à campanha da UNA